5º dia - 03/05/2010 - Tailândia - Mercado Flutuante ou Camelô flutuante

By Junior

Acordamos bem cedo hoje já com as mochilas prontas, pois haviamos decidido que deixaríamos Bangkok. Tomamos café da manhã e deixamos nossas coisas guardadas na recepção do hostel. A van nos pegou no Hotel as 7 horas da manhã, para irmos até o famoso Floating Market (Mercado flutuante). Fizemos várias paradas onde entravam mais pessoas, paramos também no posto de gasolina, enfim levamos 2 horas e meia para rodar 80Km. O pessoal da agência  informou que pegaríamos um barco para chegar ao local (o que era mentira, não tem necessidade de barco). Chegando lá tivemos 1 hora e meia livre para passear e fazer compras. Eu queria caminhar primeiro mas as mulheres nos atacaram para andarmos de barco. Resolvemos fazer este passeio de barco pelos canais, custou 150 baht por pessoa (£3,00 ou R$8,50).

O canal era bem apertado, com muitos barcos indo e vindo cheio de turistas e com alguns barcos de mercadores. Vimos também que além dos barcos o comércio para turistas tomou conta do que era simplesmente um Mercado de frutas da região. Concluímos então que o Mercado flutuante virou um camelô, com o objetivo de vender muambas para turistas perdendo assim a sua característica principal.  Eu achei o passeio interessante a Ana nem tanto, acho que ela se decepcionou,  mas não fazer esse passeio é como ir a Veneza e não andar de gondola. 

Depois do passeio começamos a perambular em volta dos canais que é tomado por barracas de produtos e vimos que não era necessário o passeio de barco. Comemos uma banana grelhada que depois é prensada e cortada acompanhada de um molho doce de coco, muito bom.

Fomos ao ponto de encontro para pegarmos um barco que nos levaria a uma suposta fazenda de plantação de côcos. O passeio foi legal, passamos pelas vila de casas de palafitas dos moradores locais. Vimos alguns coqueirais e bananeiras, mas nada de mais. Ao descermos do barco outra decepção, nos levaram a um show de cobras onde entraríamos ou deveríamos esperar por meia hora (tempo do show) até partirmos de volta para Bangkok. Ninguém que estava no nosso tour entrou, acho que todo mundo estava indignado. 

Ao retorno para Bangkok o motorista assustava a todos dirigindo imprudentemente, a todos não por que a Ana voltou dormindo.

Chegamos no hostel pegamos nossas mochilas e fomos para a estação de trem. Queríamos pegar o trem para Chiang Mai das 14h30min, mas estava lotado. Resolvemos então incluir uma parada em Phitsanulok pois olhei no nosso guia da Tailândia que esta é a cidade com estação de trem mais próxima a Sukhothai que é um destino que acho que vai valer a pena incluir. Compramos os bilhetes na Terceira classe para Phitsanulok para às 19h50min por 179 baht por pessoa (£3,60 ou R$10,00). Muitas pessoas nos disseram para não irmos de Terceira classe pois esse era o vagão que somente andavam tailandeses e que não tinha ar condicionado. Fomos na agência que nos vendeu o tour para o Mercado flutuante para pegarmos informações e talvez reservar um hotel. Nos ofereceram um hotel que parecia ser muito bom, com piscina que custava 850 baht (£17,00 ou R$45,00) por noite, disse brincando que gostaria de algo mais em conta, algo em torno de 200 baht, todos riram e disseram que esse valor era impossível encontrar. Ligamos o computador e roubamos internet da agência de turismo. Pesquisamos e encontramos mais de um hotel com o valores de 200 à 400 baht (£4,00 à £8,00 ou R$11,00 à R$22,00) para dois.

Deixamos as mochilas com o pessoal da agência e fomos dar uma volta. Almoçamos em um restaurante popular novamente comemos arroz frito, o meu com camarão a Ana com porco, eu tomei Pepsi a Ana uma água e pagamos míseros 85 baht (£1,70 ou R$4,50). Fomos em direção a Chinatown passamos na frente do Golden Buda e nosso motorista do dia anterior estava por ali tentando achar algum turista para negociar, cumprimentamos e ele ficou feliz de nos ver. Caminhamos pelas ruas e vimos um monge fumando, pedi para tirar uma foto e ele jogou o cigarro fora, que pena. Imaginem a foto do monge fumando.

Passamos no Tesco (supermercado) e compramos alguma coisa para a viagem. Voltamos para a estação de trem e fizemos igual os tailandeses, sentamos no chão e aproveitamos o ar-condicionado enquanto esperávamos o trem.

Nosso trem partiu às 20h30min, com 40 minutos de atraso. Sentamos no primeiro vagão os bancos eram de plástico sem nenhum revestimento, bem desconfortáveis. Nos informaram que estávamos no vagão errado, pois nossos lugares eram número 24 e 25 e realmente aquele vagão não tinha o nosso número. Fomos para o vagão seguinte e os bancos eram muito melhores, pareciam esses de ônibus que circulam nas cidades. O fiscal nos pediu os bilhetes e disse que estávamos no vagão errado, perdemos a mordomia. Ficamos no primeiro vagão do trem, com bancos de plástico, um motor diesel barulhento e muito calor. Depois que trem começou a andar o calor foi amenizado pelo vento. Fizemos muitas paradas, sempre entrando e saindo gente. Os lugares são marcados e o fiscal não deixa ninguém sentar no lugar errado. Na agência nos haviam informado que não existia lugar marcado na Terceira classe, mais uma mentira, a única verdade que disseram era que os bancos são horríveis.

Chegamos em Phitsanulok em frangalho às 3h da manhã. Procuramos o Hotel Ásia que já havíamos olhado na internet, foi super fácil e ainda bem que ficava bem próximo a estação de trem. Eles não haviam mais quartos simples (com ventilador) disponíveis, somente luxo (com ar condicionado) por 380 baht (£7,60 ou R$20,00) sem café da manhã. 

Acho que quando a mulher da recepção nos viu com aquela cara de loucos, suados e com os cabelos desarrumados ela queria nos dizer que ali não era o hospício, mas sim um hotel. O quarto luxo, não tinha nada de luxo além de chuveiro quente, que aqui nesse calor infernal não faz diferença nenhuma, tv (que para nós também não faz diferença), ar condicionado e cortinas escuras que fizeram a diferença.


Fotos do dia no link abaixo:
http://www.flickr.com/photos/mochilario/sets/72157623878325227/